O PL foi usado para financiar os ataques às urnas e o grupo que atuava para subsidiar o golpe tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubou o sigilo de suas decisões que autorizaram a operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (8) contra Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados mais próximos, como os ex-ministros Augusto Heleno e Braga Netto. A operação ocorre no âmbito das investigações sobre o 8 de janeiro. Segundo Daniela Lima, do g1, todos os pedidos feitos pela PF a Alexandre de Moraes foram endossados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A decisão de Moraes detalha o funcionamento do núcleo golpista bolsonarista, que se dividia em dois grupos. O primeiro tinha como objetivo produzir e disseminar informações sobre a "falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação". O segundo "praticava atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais", diz a reportagem.
Ainda sobre a participação dos militares, as investigações demonstraram que militares da ativa pressionaram pares que eram contra um golpe de Estado para fazê-los aderir ao ato criminoso. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, ainda teria recebido de um pedido de R$ 100 mil para custear os acampamentos e toda a estrutura da intentona golpista.
"A PF descobriu ainda que o PL, partido de Bolsonaro, foi usado para financiar narrativas de apoio de ataques às urnas. O ápice dessa estratégia foi a apresentação pela coligação da candidatura à reeleição do então presidente, em dezembro de 2022, questionando o resultado da eleição", complementa a matéria.
Fonte: Brasil 247 com informações do g1
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