quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Netanyahu rejeita proposta de cessar-fogo e insiste em "vitória total" em Gaza

 O Hamas propôs um cessar-fogo de quatro meses e meio, durante o qual os reféns seriam libertados, Israel retiraria suas tropas e um acordo seria fechado sobre o fim da guerra

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

DOHA, 7 Fev (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira que a vitória total em Gaza está ao alcance, rejeitando a proposta mais recente do Hamas para um cessar-fogo que garantiria o retorno dos reféns que ainda estão sendo mantidos no enclave.

Netanyahu renovou a promessa de destruir o movimento islâmico palestino, dizendo que não havia alternativa a Israel que não fosse o colapso do Hamas. “O dia depois é o dia depois do Hamas. Todo o Hamas”, afirmou, em entrevista coletiva, insistindo que a vitória total contra o Hamas é a única solução para a guerra em Gaza.

O Hamas propôs um cessar-fogo de quatro meses e meio em Gaza, durante o qual todos os reféns seriam libertados, Israel retiraria suas tropas da Faixa de Gaza e um acordo seria fechado sobre o fim da guerra.

A proposta do Hamas, cujo conteúdo foi publicado pela primeira vez pela Reuters, é uma resposta a uma sugestão anterior alinhada por chefes de espionagem de EUA e Israel e entregue ao Hamas semana passada por mediadores de Catar e Egito.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discutiu a proposta com Netanyahu após chegar a Israel depois de conversas com líderes de Catar e Egito, os países que têm agido como mediadores. Blinken depois se reuniu com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Ramallah. 

Israel afirmou anteriormente que não retirará suas tropas de Gaza ou encerrará a guerra até que o Hamas seja eliminado.

Mas fontes descreveram uma nova abordagem do Hamas à sua exigência persistente de encerrar a guerra, agora propondo-a como uma questão a ser resolvida em futuras negociações e não mais uma condição para a trégua.

Israel começou sua ofensiva militar depois que militantes de Gaza, governada pelo Hamas, mataram 1.200 pessoas e tomaram 253 reféns no sul de Israel em 7 de outubro. O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 27.585 palestinos foram mortos e acredita-se que ainda haja outros milhares debaixo dos escombros. Houve apenas uma trégua até agora, que durou apenas uma semana, no fim de novembro.

Uma fonte próxima às negociações afirmou que a contraproposta do Hamas não exigiria uma garantia de cessar-fogo permanente como ponto de partida, mas que um fim à guerra teria que ser acertado antes que os últimos reféns fossem libertados.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Nenhum comentário:

Postar um comentário