Ex-ministro do STF criticou as medidas adotadas pela suprema corte contra o ex-presidente
A operação policial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe de estado e associação criminosa, recebeu críticas do ex-ministro Marco Aurélio Mello, aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF). Mello argumenta que é necessário moderação e cautela nas investigações, destacando que medidas invasivas, como busca e apreensão, devem ser justificadas por indícios robustos de crime. Em entrevista à revista VEJA, o magistrado expressou preocupação com o desgaste institucional do STF devido à amplitude das diligências autorizadas.
A operação da Polícia Federal realizou 33 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de prisão, principalmente contra militares, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais. Segundo a decisão, os investigados estariam envolvidos em um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Para Marco Aurélio Mello, é fundamental que a apuração seja conduzida de maneira criteriosa, evitando precipitações e preservando os direitos individuais dos investigados. O ministro, conhecido por suas posições garantistas, ressalta a importância de se evitar o açodamento nas medidas judiciais adotadas, em prol da credibilidade das instituições democráticas do país.
Fonte: Brasil 247 com entrevista na revista Veja
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