No vídeo, o líder evangélico bolsonarista "condena" a decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou a PF a "bater na casa dos oficiais generais de alta patente"
O líder evangélico bolsonarista Silas Malafaia voltou a chamar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ditador. Em um vídeo divulgado em em suas redes sociais nesta sexta-feira (9), Malafaia destila ódio ao magistrado, responsável por autorizar a operação Tempus Veritatis, deflagrada na quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF) que cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva contra envolvidos com a intentona golpista do 8 de janeiro. Entre os principais alvos estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus assessores, além de grandes figuras do Exército como os generais de quatro estrelas Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Walter Braga Netto, então ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
No vídeo de quase cinco minutos Malafaia diz que “o ditador de toga Alexandre de Moraes está destruindo o Estado Democrático de Direito”. Malafaia condena as ações das operação que “bateu casa dos oficiais generais de alta patente, militares da ativa. Mandar prender o passaporte do presidente [Bolsonaro]. Isso é uma cortina de fumaça para esconder as verdades dos fatos”, argumenta o religioso.
Uma reunião ministerial realizada em 5 de julho de 2022, comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, veio à tona como evidência de uma ação golpista, conforme revela um vídeo obtido pela Polícia Federal. No encontro, o então presidente instou seus ministros a agirem antes das eleições, alertando que se esperassem para reagir, o Brasil enfrentaria um caos. As imagens, que captam mais de uma hora do encontro, destacam Bolsonaro em um estado visivelmente alterado, lançando ataques a seu então adversário Luiz Inácio Lula da Silva e a membros do Supremo Tribunal Federal, incluindo Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
Durante a reunião, Bolsonaro expressou convicção na vitória de Lula nas eleições devido a uma suposta fraude que, segundo ele, já estava delineada antes mesmo do início da disputa eleitoral, programada para o dia 2 de outubro de 2022. O presidente orientou seus ministros a questionarem o processo eleitoral e a agirem preventivamente, indicando que o governo não poderia permitir que as eleições ocorressem conforme o planejado.
Fonte: Brasil 247
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