"Quem precisa do governo é o povo mais humilde desse país, que ao longo da história foi esquecido. É o povo que só é lembrado na época da eleição", criticou o presidente
O presidente Lula (PT) participou nesta terça-feira (6) da entrega de 832 unidades habitacionais dos conjuntos residenciais, construídos com recursos federais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Magé, no Rio de Janeiro. Em seu discurso, Lula se disse indignado pelo tempo para a conclusão das obras. “Como é que um conjunto habitacional como este ficou paralisado desde 2011? Não é possível. No Brasil você tem gente que tem carro e que não precisa de carro. Tem gente que tem carro e que não precisa de transporte. Tem gente que tem casa e não precisa de casa. Mas você tem uma parte da população que não tem carro, que não tem casa e que não tem sequer dinheiro para pagar aluguel. É dessa gente que o governo tem que tratar, cuidar”.
"Uma pessoa que tem um bom emprego, que ganha um bom salário, não precisa do governo. Quem precisa do governo é o povo mais humilde desse país, que ao longo da história foi esquecido. É o povo que só é lembrado pelos políticos na época da eleição. Na época da eleição o pobre é a coisa mais importante da face da Terra. Na época da eleição qualquer candidato xinga bandido, xinga empresário e fala bem do pobre. Mas na hora de governar, governa para o empresário, governa para os banqueiros e o pobre fica esquecido. É isso que acontece nesse país há 500 anos. E por isso eu voltei e no primeiro ano refiz a medida provisória para recriar o Minha Casa, Minha Vida, que foi o mais bem sucedido programa habitacional da história do Brasil. Foram mais de quatro milhões de casas contratadas e muitos milhões de casas entregues nesse país", acrescentou.
O presidente também anunciou a construção de um instituto federam em Magé. “Eu vou anunciar uma coisa que não estava no programa para vir aqui. Eu quero lhe avisar, prefeito, que até 2026 você vai ter aqui em Magé um instituto federal para você formar esses meninos. E estou dizendo isso para você porque eu quero vir aqui inaugurar esse instituto”.
Entrega das unidades habitacionais - Foram entregues 832 unidades habitacionais dos conjuntos residenciais Lírio do Vale e Lotus, em Magé, no Rio, construídos com recursos federais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O investimento total nos empreendimentos foi de R$ 52,4 milhões, por meio do Fundo de Arrendamento Residencial do Ministério das Cidades – cada unidade custou R$ 63 mil. São 496 moradias no Residencial Lotus e 336 no Residencial Lírio do Vale, distribuídas em blocos de quatro andares e quatro apartamentos por pavimento que beneficiarão 3.328 pessoas.
Entre as 832 famílias que vão morar no local, 587 participam do Programa Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e receberam os apartamentos por contratos de doação. A prefeitura de Magé também concederá isenção de IPTU e ITBI a todos os moradores do empreendimento.
Os residenciais estão localizados próximo a 15 escolas e 20 postos de saúde, em uma distância de até 2,5 km. Os apartamentos possuem 44,87 metros quadrados e apresentam infraestrutura interna e externa de água, esgoto, iluminação pública, energia elétrica, pavimentação e drenagem toda concluída. A construção e a entrega dos imóveis estavam atrasadas desde 2017 e apenas em maio de 2023 o processo começou a ser desenrolado.
Outras entregas - Neste mesmo dia, o governo também entrega 200 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida no município de Paracatu, em Minas Gerais, 152 em Euclides da Cunha, na Bahia, e 144 em Santo Antônio da Posse, no estado de São Paulo. Juntos, os empreendimentos beneficiarão 1.984 pessoas.
No município mineiro, o Residencial Vida Nova I beneficiará 800 pessoas. Com investimento de R$ 13,8 milhões, as 200 unidades são do tipo casa em loteamento, cada uma com área privativa de 52 m², no Bairro Floresta. Os moradores terão, num raio de menos de 4km, acesso a creche, escolas, postos de saúde e de segurança.
Em Euclides da Cunha, o Residencial Ararinha Azul acomodará 608 pessoas. Os imóveis são do tipo casa sobreposta, distribuídos em 38 blocos com quatro unidades cada, sendo duas no térreo e duas no primeiro andar. Os moradores também estarão próximo a creches, escolas, posto de saúde e postos de segurança. O empreendimento recebeu investimento de R$ 13,7 milhões.
Já o Residencial Adalberto Bergo, em Santo Antônio da Posse, município de São Paulo, possui 144 unidades habitacionais que beneficiarão 576 pessoas. Com investimento de R$ 15,2 milhões, os apartamentos estão próximo a creches, escolas, postos de saúde e de segurança.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário