O motivo dos pedidos de afastamento de Lula foi a comparação feita por ele entre o genocídio em Gaza e o Holocausto. Arthur Lira descartou a hipótese de abrir impeachment
Parlamentares que assinaram o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderão perder seus cargos, informou o líder do governo federal na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE). O chefe de Estado comparou o genocídio cometido por forças israelenses na Faixa de Gaza com o Holocausto (1941-1945), período em que cerca de seis milhões de judeus foram mortos na Alemanha nazista, comandada pelo então ditador Adolf Hitler (1889-1945).
A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) é autora do pedido de afastamento, protocolado na noite da última quinta-feira (22). A deputada bolsonarista afirmou que há 140 assinaturas, entre elas de parlamentares da base do governo Lula na Câmara. Mas o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) descartou a possibilidade de abrir um impeachment contra o chefe de Estado.
De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (27) pelo jornal Folha de S.Paulo, deputados que assinaram o impeachment também serão menos atendidos pelo Executivo. Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Alencar Santana (PT-SP) confirmou a reação da gestão federal.
"Quem assinou o impeachment do presidente está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tinha algum tipo de espaço no governo, tem que perder. Afinal de contas, essa contradição não pode continuar. Quem assinou tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra", disse.
Duante agenda na Eitópia, em 18 de fevereiro, o presidente Lula disse na Eitópia que "não existe em nenhum outro momento histórico" o genocídio na Faixa e Gaza. "Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou.
No sábado (17), Lula disse que a solução definitiva para a guerra na Faixa de Gaza vai ocorrer "se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino". "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população".
Fonte: Brasil 247
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