quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Lewandowski pede 'rigorosa apuração' sobre empresa em nome de laranja que atua na manutenção da prisão federal em Mossoró

 Empresa R7 Facilities está registrada em nome de um "laranja" que recebeu auxílio emergencial e mora na periferia de Brasília

Ricardo Lewandowski (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

 O Ministério da Justiça e Segurança Pública irá solicitar uma "rigorosa apuração" sobre a empresa R7 Facilities, responsável pelos serviços de manutenção do presídio federal de Mossoró (RN), onde ocorreu a fuga de dois detentos no último dia 14. A decisão foi tomada após o jornal O Estado de S. Paulo publicar uma reportagem apontando que a empresa está registrada em nome de um "laranja" que anteriormente recebia auxílio emergencial e reside na periferia de Brasília.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública irá acionar os órgãos competentes federais para que seja realizada rigorosa apuração referente à lisura da empresa citada”, disse a pasta em nota.

A pasta liderada pelo ministro Ricardo Lewandowski desde 1 de fevereiro também destacou que a Polícia Federal está investigando as circunstâncias da fuga dos presos da penitenciária. Uma das linhas de investigação sugere que uma obra em andamento dentro do presídio teria facilitado a fuga dos dois membros faccionados do Comando Vermelho. O ministro afirmou, em entrevista coletiva realizada no dia seguinte à fuga, que o caso foi resultado de uma "série de fatores", incluindo uma reforma em curso na unidade prisional.

Esta é a primeira fuga registrada na história dos presídios de segurança máxima no país. Os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, ainda não foram localizados. Lewandowski ressaltou que eles não ocupavam posições hierárquicas elevadas na organização criminosa.

A R7 Facilities foi contratada em abril de 2022 para realizar serviços de manutenção no presídio, com um contrato renovado em abril de 2023, totalizando um custo de R$ 1,7 milhão. O contrato envolve serviços contínuos de operação e manutenção predial, incluindo fornecimento de mão de obra exclusiva, material de consumo e insumos necessários. Segundo a reportagem, “Gildenilson Braz Torres é dono da R7 somente no papel. Ele é um ex-beneficiário do auxílio emergencial que mora na periferia de Brasília e não soube dar informações sobre a operação da companhia com faturamento anual da ordem de R$ 195 milhões”.

Anteriormente, desde janeiro de 2021, a companhia estava registrada em nome de outro intermediário, o bombeiro civil Wesley Fernandes Camilo, que assinou o contrato em 2022. Atualmente, Camilo trabalha como brigadista em um hospital particular em Brasília, com uma renda mensal de R$ 4 mil.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estado de S. Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário