domingo, 4 de fevereiro de 2024

Indicados à vaga no TRE-PR têm ligações com Moro e seus aliados


Os nomes da lista tríplice: José Rodrigo Sade, Roberto Aurichio Junior e Graciane Aparecida do Valle Lemos. Reprodução

 A lista tríplice de advogados que concorrerão a uma vaga de titular no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) foi recebida com desconfiança pelos ministros do governo Lula. O Palácio do Planalto dedicou atenção especial ao assunto devido à proximidade do julgamento do pedido de cassação do ex-juiz e atual senador Sergio Moro no TRE-PR. Com informações de Rodrigo Rangel, do Metrópoles.

O rol, aprovado pelo TSE em 1º de fevereiro, é composto pelos advogados José Rodrigo Sade, Roberto Aurichio Junior e Graciane Aparecida do Valle Lemos, todos ex-juízes substitutos do TRE. A responsabilidade de escolher um dos três nomes recai sobre Lula, que deve tomar uma decisão antes do Carnaval. O escolhido terá direito a voto no julgamento de Moro.

Os três indicados mantiveram, em algum momento, vínculos com o ex-juiz e seus aliados próximos.

Há registros de ligações com Moro e Deltan entre os indicados. Por exemplo, Sade já defendeu o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, enquanto Roberto, durante sua atuação como substituto no TRE-PR, emitiu decisões favoráveis a Deltan. Graciane foi nomeada por Moro em 2019, permanecendo no cargo mesmo após a troca do ministro da Justiça.

Apesar da desconfiança em relação aos nomes apresentados, ministros do governo Lula consideram José Sade como o “menos pior” da lista tríplice. O advogado tem buscado apoio entre aliados do governo para aumentar suas chances de ser escolhido.

Vale destacar que Moro está sendo julgado no TRE-PR em ações protocoladas por PT e PL, que solicitam a cassação de seu mandato de senador por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022. A alegação é de que o ex-juiz teria utilizado recursos do Podemos, quando era pré-candidato à Presidência, para impulsionar sua candidatura ao Senado Federal.

Fonte: DCM com informações do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles

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