O objetivo é mitigar os danos associados ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos
O Governo Federal está em processo de elaboração de um guia oficial para promover o uso consciente de telas por crianças e adolescentes, visando mitigar os danos associados ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos. Em uma entrevista ao programa A Voz do Brasil, o Secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, explicou que entre os anos de 2019 e 2022, houve um aumento de 64% nas taxas de lesões autoprovocadas intencionalmente por crianças e adolescentes, fenômeno correlacionado ao uso desenfreado de telas por esse grupo.
O guia, previsto para ser lançado até o final deste ano, surge em resposta à demanda de pais, familiares, responsáveis e educadores por diretrizes robustas e embasadas em evidências para lidar com o crescente uso de telas por crianças e adolescentes. Pretende-se que o guia seja abrangente e sensível às diversas realidades das famílias brasileiras, abordando não apenas o tempo de exposição, mas também os diferentes tipos de uso dos dispositivos eletrônicos.
Esta iniciativa representa um esforço conjunto entre diversos órgãos do governo, incluindo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), o Ministério da Saúde (MS), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). A formulação do guia teve início em 2023, após uma consulta pública através da plataforma Participa + Brasil, que recebeu cerca de 600 contribuições da sociedade.
O processo de elaboração do guia está sendo conduzido por um grupo de trabalho composto por membros da sociedade civil e especialistas em áreas como pediatria, psicologia e educação, que estão analisando e discutindo as contribuições da consulta pública. O objetivo é fornecer informações precisas e orientações relevantes para auxiliar famílias, educadores e profissionais de saúde a enfrentar os desafios relacionados ao uso de telas por crianças e adolescentes no Brasil.
Fonte: Brasil 247
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