quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Gleisi: 'enquanto Bolsonaro, um farsante, manteve o silêncio, Lula compareceu a todas as audiências quando era perseguido'

 A presidente do PT sinaliza que o inquérito da trama golpista complicou o ex-mandatário. 'Tentou fugir dos depoimentos na PF e não tem o que dizer diante das investigação'

Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro e Gleisi HoffmannLuiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro e Gleisi Hoffmann (Foto: Reuters | Lula Marques/Agência PT)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (22) por ter mantido o silêncio em depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a trama golpista.

"Bolsonaro tentou fugir de depoimentos na PF e ficou em silêncio porque não tem o que dizer diante das investigações. @LulaOficial mesmo diante do cerceamento de defesa e das arbitrariedades da LavaJato, compareceu a todas as audiências, levando as provas de sua inocência. Nunca se calou! É a diferença entre um líder e um farsante", escreveu a parlamentar na rede social X.

Este mês, a Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de ruptura institucional previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.

Bolsonaro não quis responder às perguntas dos investigadores, diferentemente do atual presidente da República. Em 2016, Lula foi denunciado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP). Ao apresentar a denúncia naquele ano, o então procurador Henrique Pozzobon disse que "não teremos aqui provas cabais" das acusações contra o petista, que depois foi tirado da eleição de 2018 após ser condenado pelo então juiz Sergio Moro, atual senador pelo União Brasil-PR).

O Supremo Tribunal Federal determinou o ex-procurador Deltan Dallagnol a pagar R$ 75 mil a Lula por causa da apresentação do PowerPoint em 2016, quando acusou o petista sem provas. Em 2021, o STF declarou a suspeição de Moro nos processos contra Lula, que teve os direitos políticos devolvidos.

A partir de 2019, ganhou repercussão na imprensa os diálogos entre o ex-juiz e procuradores do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR), onde são julgados os casos de primeira instância jurídica na Operação Lava Jato.

Segundo as conversas, Moro interferia na elaboração de denúncias, que devem ser feitas apenas por promotores, para, em seguida, o juiz decidir se denuncia ou absolve a pessoa investigada. O ministro do STF Dias Toffoli autorizou investigação sobre as denúncias de ilegalidades feitas pelo empresário Tony Garcia contra Moro.

O empresário disse ter sido instruído na Lava Jato a dar uma entrevista à Veja e fornecer à revista informações que pudessem comprometer a carreira do ex-ministro José Dirceu (PT). O delator afirmou que, a mando de Sergio Moro, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia afirmou que Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira".

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Fonte: Brasil 247

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