quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Federação dos Trabalhadoras do Judiciário e Ministério Público presta apoio à fala de Lula sobre o genocídio do povo palestino

 "A incursão militar israelense em Gaza já assassinou mais de 30 mil pessoas e feriu mais de 100 mil, na grande maioria crianças e mulheres", destaca a Fenajufe

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Fenajufe (Federação Nacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) publicou nota nesta quarta-feira (21) em defesa do presidente Lula (PT) que, no último domingo, comparou o genocídio do povo palestino cometido por Israel na Faixa de Gaza ao massacre dos judeus por Hitler no Holocausto.

Leia: A Federação Nacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União – Fenajufe – manifesta apoio às declarações do presidente Lula de denúncia da desumanização do povo palestino e do genocídio em curso na Faixa de Gaza e ao ingresso pelo Brasil de ação na Corte Internacional de Justiça contra a ocupação ilegal do território palestino e pelo seu direito à autodeterminação.

A nova incursão militar israelense em Gaza já assassinou mais de 30 mil pessoas e feriu mais de 100 mil, na grande maioria crianças e mulheres, e expulsou sob bombardeio mais de 1,4 milhão de palestinos, causando extensiva destruição da infraestrutura civil, incluindo casas, hospitais, escolas, redes de água, igrejas e mesquitas.

As declarações do chefe de estado brasileiro desnudam a questão: não se trata de guerra, mas massacre da população, seguindo processo de limpeza étnica que Israel move impune por mais de 75 anos! O regime sionista escalou a nível tão brutal de racismo e desumanização contra o povo palestino, que assumiu similaridade com o regime nazista que causou o holocausto de judeus no século XX.

Repudiamos a manipulação da “grande” mídia, da extrema direita e do sionismo, que tenta confundir a posição humanista de crítica ao regime israelense com o crime de antissemitismo. Repudiamos também as perseguições, ameaças e censura contra jornalistas e ativistas, incluindo judeus, e a menção patética de impeachment do presidente da República, por críticas àquele regime.

Saudamos o posicionamento do Brasil de busca pela negociação de uma paz justa, de endosso à ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça contra o genocídio e de ingresso de ação própria, além das justas declarações de Lula e retirada do embaixador brasileiro de TelAviv. Defendemos que o governo esgote todas as medidas – incluindo romper relações diplomáticas e acordos sobretudo de cooperação militar com Israel –, para reforçar uma posição internacional capaz de deter o genocídio, reconhecer os direitos do povo palestino e punir crimes contra a Humanidade!

A Fenajufe reitera a deliberação da sua XXIII Plenária Nacional, em Belém-PA, de solidariedade com o povo palestino e sua resistência contra a ocupação, colonização e extermínio de seu povo; de se somar aos povos de todo o mundo, de todas as crenças, na exigência de um cessar fogo já e de ajuda humanitária, de fim do genocídio, paz justa e reconhecimento à autodeterminação e soberania do povo palestino!

Diretoria Executiva

Brasília-DF, 21 de fevereiro de 2024

Fonte: Brasil 247

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