quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Favorito de Lira para a presidência da Câmara poderá causar problemas ao governo Lula

 Elmar Nascimento, aliado de Lira, desponta como um nome que poderia gerar entraves significativos para o governo, devido à sua atuação semelhante à do atual presidente

Arthur Lira e Elmar Nascimento (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

 O governo federal está em alerta e busca estratégias para evitar que o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), se torne um candidato forte à presidência da Câmara dos Deputados em 2025, segundo o jornal O Globo. Apesar de tentar manter distância das movimentações eleitorais para não acirrar ainda mais as tensões com os parlamentares, a administração enfrenta desafios em meio às fricções entre o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e o Palácio do Planalto.

Elmar, aliado próximo de Lira, desponta como um nome que poderia gerar entraves significativos para o governo, devido à sua atuação semelhante à do atual presidente da Câmara. Essa relação complexa entre Lira e o governo contribui para uma atmosfera de incerteza quanto a um favorito claro na disputa. 

Além de Elmar, outros nomes têm se apresentado como candidatos, como Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). Hugo Motta (PB) e Doutor Luizinho (RJ), líderes do Republicanos e do PP, respectivamente, também surgem como alternativas caso os favoritos não se consolidem.

O governo, ciente dos riscos que uma candidatura forte de Elmar representaria, está buscando formas de inviabilizá-la. Uma das estratégias seria explorar o excesso de espaço que o União Brasil ocuparia caso Elmar seja eleito, considerando que seu colega de partido, Davi Alcolumbre (AP), é visto como favorito para a eleição do Senado. Enquanto isso, o União Brasil intensifica suas articulações em busca de apoio. 

Em contrapartida, o governo tem buscado estabelecer proximidade com outros potenciais candidatos, como Marcos Pereira, a quem o presidente Lula convidou recentemente para participar de um evento oficial. Relações também têm sido mantidas com Antonio Brito e Isnaldo Bulhões.

A cautela do governo reflete o trauma do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, o Planalto apostou em um candidato que acabou derrotado e, na sequência, Eduardo Cunha, o eleito, articulou o golpe contra a presidente. Agora, a estratégia é evitar esse erro e garantir um alinhamento mais seguro com o futuro presidente da Câmara.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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