sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Família de bolsonarista que morreu na Papuda acusa Moraes de maus-tratos e tortura e reivindica prisão do magristrado

 Assessoradas por Pavinatto, advogado e ex-apresentador da Jovem Pan, viúva e filhas de Cleriston Pereira buscam justiça no STF e pedem afastamento do ministro

Alexandre de Moraes e atos golpistas de 8 de janeiro (Foto: STF )

A família do comerciante Cleriston Pereira da Cunha, que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda (DF) em novembro de 2023, após os ataques golpistas de 8 de janeiro, moveu uma ação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Alexandre de Moraes. A viúva e as duas filhas acusam o magistrado de crimes que vão desde maus-tratos até tortura qualificada, demandando penas que podem chegar a 31 anos de prisão, destaca a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna o jornal Folha de S. Paulo.

Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, faleceu por mal súbito enquanto estava sob prisão preventiva na Papuda, recebendo atendimento médico. A família alega que o comerciante foi submetido a condições desumanas e responsabiliza diretamente o ministro Moraes pela morte.

A ação, assinada pelo advogado Tiago Pavinatto, ex-apresentador da Jovem Pan News, foi protocolada no STF e requer não apenas a prisão do ministro, mas também seu afastamento das funções na corte, além do pagamento de indenização por danos morais. O pedido de liberdade provisória de Cleriston, que estava em análise pelo ministro Moraes, é mencionado como um elemento crucial na argumentação da família.

Segundo a acusação, a morte do comerciante ocorreu em uma prisão preventiva considerada "manifestamente ilegal" e sob a total responsabilidade do magistrado. A família alega que Moraes, abusando de seu poder, assumiu o risco da morte de Cleriston ao manter as condições desfavoráveis na prisão.

A ação destaca que o comerciante estava impossibilitado de realizar atividades básicas, como caminhar para os banhos de sol, evidenciando o sofrimento físico e mental a que foi submetido. O advogado argumenta que a omissão contumaz do ministro ultrapassa o desvalor previsto pelo legislador no crime de maus-tratos.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal  Folha de S. Paulo

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