De acordo com o ministro o STF, Tércio Arnaud Tomaz integrava o "núcleo de desinformação e ataques ao Sistema Eleitoral"
Um dos principais integrantes do “gabinete do ódio” do governo Jair Bolsonaro (PL), Tércio Arnaud Tomaz criou grupos de WhatsApp com o objetivo de abastecer a militância com informações falsas e favoráveis ao então candidato à reeleição na campanha de 2022. De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-assessor, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o tenente-coronel Mauro Cid, por exemplo, integravam o "núcleo de desinformação e ataques ao Sistema Eleitoral". Eram seis núcleos para tentar uma ruptura institucional.
Entre 9 e 30 de outubro daquele ano, o ex-assessor disparou mensagens que tinham o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como alvo principal de informações falsas e exageradas. “Em Lula 2 (2007-2010), centenas de bilhões de reais desviados das estatais e do povo brasileiro para enriquecer a si; mais de 300 condenações e financiar ditaduras na América Latina (petrolão/Lava Jato)”, dizia uma das mensagens disparadas por Arnaud, conforme relatos publicados nesta sexta-feira (9) pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O ex-assessor, que era o braço-direito do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), também provocou a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, por WhatsApp. Em 16 de outubro, durante o debate da TV Bandeirantes, Tercio Arnaud encaminhou um vídeo e uma foto de Janja bocejando enquanto Bolsonaro falava. “Janja provocando o pr (presidente da República). Desesperada”, dizia a mensagem enviada pelo ex-assessor.
A defesa de Arnaud afirma desconhecer a existência dos grupos.
Operação Tempus Veritatis
O ex-assessor de Bolsonaro foi alvo da Polícia Federal (PF), que iniciou a Operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), para identificar e punir os envolvidos em um plano de golpe no Brasil.
A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.
Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.
Fonte: Brasil 247 com relatos publicados pelo jornal O Estado de S. Paulo
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