segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

"Esta é a viagem mais importante que já fiz", diz Lula, sobre ida à África

 Ao defender parceria estratégia e condenar o genocídio, Lula se colocou como líder do Sul Global

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, concluiu uma importante visita à África, percorrendo o Egito e a Etiópia, onde marcou presença na abertura da 37ª Cúpula da União Africana. Durante uma coletiva de imprensa realizada em Adis Abeba, capital etíope, Lula fez uma declaração enfática sobre a significância dessa jornada, afirmando: "Esta é a viagem mais importante que já fiz."

Suas palavras ressoaram com a ponderação de ter tido a oportunidade de dialogar com quase todos os países africanos em uma única visita. Ele reconheceu a impraticabilidade de realizar uma jornada separada para cada nação, considerando que seriam necessárias 54 viagens individuais, algo impossível durante seu mandato.

No sábado anterior, Lula participou da abertura da cúpula da União Africana, onde destacou a perspectiva de um futuro promissor para a América do Sul e a África. Ele enfatizou o potencial dessas regiões na nova economia global, destacando a importância da agricultura de baixo carbono e da transição energética. Além disso, expressou o compromisso do Brasil em cooperar com o continente africano.

"Queremos devolver ao continente africano, de forma de assistência, de possibilidade de desenvolvimento, o que eles nos deram em força de trabalho durante 350 anos."

Lula também observou que a balança comercial brasileira com países africanos, liderada pelo Egito, alcança apenas US$ 2,8 bilhões, ressaltando a necessidade de expandir essa cifra. Como presidente do G20, grupo das maiores economias do mundo, o Brasil pretende discutir o papel das instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, no financiamento de países em desenvolvimento.

Lula defendeu a transformação da dívida de cerca de US$ 800 bilhões dos países africanos com instituições internacionais em investimentos que beneficiem diretamente as populações locais.

Fonte: Brasil 247

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