Proposta inclui a produção conjunta de imunizantes pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz, com o objetivo de ampliar o acesso a essas vacinas em todo o mundo
Na última segunda-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, e o presidente Lula (PT) se reuniram para discutir uma parceria que visa transformar o Brasil em um fornecedor internacional de vacinas contra a dengue, informa o jornal O Globo. A proposta inclui a produção conjunta de imunizantes pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o objetivo de ampliar o acesso a essas vacinas em todo o mundo.
A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan encontra-se na fase final de testes, com previsão de receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de 2025. Este imunizante, que requer apenas uma dose, demonstrou uma eficácia de 79,6%, similar à vacina Qdenga, que será disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro, com eficácia de 80,2%.
A reunião entre Adhanom, Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, realizada no Palácio do Planalto, destacou o potencial do Brasil como um centro de produção de vacinas e discutiu estratégias para tornar isso uma realidade. Adhanom permanecerá no país até esta quarta-feira, quando terá encontros com Trindade e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O governo brasileiro também está em negociações para transferência de tecnologia da vacina Qdenga, produzida pela empresa Takeda, em colaboração com o Butantan e a Fiocruz. Esta parceria visa aumentar a capacidade de produção de doses e reduzir custos, seguindo o modelo adotado durante a pandemia de Covid-19, onde o Brasil produziu vacinas em colaboração com a Sinovac e a AstraZeneca.
A ministra da Saúde, em reunião no sábado com representantes do Butantan e da Fiocruz, discutiu os detalhes dessa colaboração, reconhecendo que o preço da vacina Qdenga, atualmente em R$ 170 por dose, é considerado alto em comparação com outras vacinas disponíveis. Espera-se que a produção nacional das vacinas não apenas aumente a capacidade de produção, mas também reduza os custos, eliminando a necessidade de taxas de importação.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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