Integrantes terão que escolher
entre advertência ou arquivamento do processo
Nesta
terça-feira (20), a partir das 10 horas, o Conselho de Ética da Assembleia
Legislativa do Paraná deve votar o pedido de cassação contra o deputado
estadual Renato Freitas (PT). O petista responde processo por quebra de decoro
parlamentar proposto pelo presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD).
O
deputado Matheus Vermelho (PP) apresentou em 5 de dezembro ao Conselho de Ética
da Assembleia Legislativa um parecer recomendando uma advertência por escrito de Freitas.
A advertência por escrito teria o caráter simbólico, não afetando a atividade
parlamentar. É a pena mais leve prevista pelo regimento interno. “Em que pese a
magnitude dos atos incompatíveis com o decoro aqui analisados que poderiam
ensejar a suspensão ou cassação do mandato, levo em conta a preservação da
soberania popular das urnas e a inexistência de outras penalidades já aplicadas
ao Representado, para determinar a imposição da pena de advertência por
escrito, com fulcro nos arts. 272, II e seu parágrafo único; 274 e 280, todos
do Regimento Interno (RI) da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná”, diz o
relatório.
Relembre o caso
Freitas
é acusado pelo presidente da Casa de quebra de decoro por tê-lo chamado de
“corrupto” durante uma discussão na sessão de 9 de outubro. Durante a sessão, o
deputado do PT teve a fala cortada por Traiano após entrar em confronto com
manifestantes contrários à descriminalização do aborto em discussão no Supremo
Tribunal Federal (STF).
Na
ocasião, Freitas alegou que tinha sido interrompido pelos manifestantes e
exigiu que Traiano lhe desse mais tempo. O presidente da Assembleia negou e
manteve a palavra do parlamentar cassada.
Desdobramento
Após
o episódio é que veio à tona o processo envolvendo Traiano, o ex-deputado
Plauto Miró, a TV Icaraí e um acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR).
Em 8 de dezembro, o deputado estadual Renato Freitas protocolou no Conselho de
Ética da Assembleia Legislativa do Paraná um pedido de cassação do mandato de
Traiano, por quebra de decoro parlamentar do presidente da Assembleia, que
ainda não foi analisado pela Comissão de Ética. Traiano e Plauto confessaram ter cobrado propina antes da
renovação do contrato da concessão da TV Assembleia, que era administrada pela
TV Icaraí, representada pelo empresário Vicente Malucelli e fecharam um acordo
com o MPPR.
Fonte: Bem
Paraná por Josiane Ritz
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