A repressão em massa do governo Bukele gerou acusações de violações dos direitos humanos e serviu de inspiração para bolsonaristas
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, reeleito no domingo (4), disse que o Brasil deveria adotar o modelo de segurança aplicado por seu governo, considerado por ativistas de direitos humanos como autoritário.
“El Salvador está resolvendo seus problemas com vontade política e apoio do povo. Por isso que esse exemplo se aplica no Brasil e em qualquer país do mundo”, disse Bukele a jornalistas.
Bukele colocou em pratica uma política de encarceramento em massa para eliminar as gangues criminosas que aterrorizavam a população do país. Em dezembro, o país centro-americano marcou 500 dias sem homicídios.
No entanto, a repressão em massa gerou acusações de violações dos direitos humanos. El Salvador se tornou o país com o maior índice de presos do mundo, o que ficou simbolizado pela construção do Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) – a chamada "megaprisão".
Diversas garantias foram suspensas e existem inúmeras denúncias de graves infrações dos direitos humanos, que vão desde prisões arbitrárias e torturas até mortes sob a custódia do Estado.
Em seu discurso, Bukele também disse que conversou algumas vezes com o presidente Lula, mas nunca mencionaram o tema de segurança pública. Ele disse que o Brasil pode ter uma abordagem diferente da adotada por El Salvador, por conta de 'necessidades' diferentes na área. (Com informações da BBC News Brasil).
Fonte: Brasil 247
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