Depoimento do ex-ministro do GSI, que não tem data prevista, poderá complicar ainda mais a situação de Alexandre Ramagem, ex-diretor da agência de inteligência
O depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), sobre o caso da 'Abin paralela' está gerando apreensão entre os bolsonaristas. A Polícia Federal investiga um esquema de espionagem ilegal que funcionava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor do órgão.
Os bolsonaristas, segundo Andréia Sadi, do g1, temem um depoimento "explosivo", já que Heleno, em outras ocasiões, sugeriu não ter conhecimento das atividades ilegais de espionagem, pois Ramagem despachava diretamente com Bolsonaro, como o próprio deputado admitiu.
Nos bastidores, no entanto, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a criação de uma 'Abin paralela' só poderia ter ocorrido com o aval direto de Jair Bolsonaro e do então chefe do GSI, Augusto Heleno.
Em declarações anteriores, Heleno negou qualquer participação no uso do software First Mile, principal ferramenta que teria sido utilizada pela chamada "Abin Paralela". Na época, a agência de inteligência era subordinada ao GSI. As suspeitas indicam que, durante o governo Bolsonaro, a Abin possa ter utilizado o software para monitorar ilegalmente autoridades públicas, incluindo governadores e membros do Supremo. Durante a operação da Polícia Federal contra Ramagem, Heleno afirmou que não havia motivos para ser intimado pela PF, pois já havia prestado esclarecimentos à CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro. Entretanto, a análise das notas taquigráficas das comissões não revelou qualquer declaração de Heleno sobre a Abin paralela.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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