quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

BNDES aprova R$ 800 milhões para financiar processadora de soja da Copasul

 A nova unidade industrial da Copasul, que representa investimento total de 1,4 bilhão de reais, terá capacidade de processar até 988 mil toneladas de soja ao ano

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Foto: Reuteres/Sergio Moraes)

(Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de 800 milhões de reais à Cooperativa Agrícola Sul Mato-Grossense (Copasul) para a implantação de uma nova unidade de processamento de soja em Naviraí (MS), disse a instituição bancária em nota nesta quinta-feira.

A nova unidade industrial da Copasul, que representa investimento total de 1,4 bilhão de reais, terá capacidade de processar até 988 mil toneladas de soja ao ano, contemplando também a implantação de um complexo para recebimento, armazenagem e expedição de grãos, segundo o BNDES.

Em 2023, a Copasul movimentou mais de 1,2 milhão de toneladas de soja, com forte impacto econômico no Estado do Mato Grosso do Sul, disse o banco.

O apoio à cooperativa está alinhado à estratégia do banco de ampliar os investimentos em armazenagem nas diversas regiões do país, afirmou o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Ele lembrou que o déficit na capacidade estática de armazenagem do Brasil é de cerca de 126,9 milhões de toneladas, o que reforça a importância desse tipo de investimento, especialmente em regiões onde há maior defasagem.

O financiamento é o primeiro contratado pelo BNDES diretamente com a Copasul e foi viabilizado com uma combinação de diferentes instrumentos. A maior parte do valor é financiado com recursos do próprio banco, pela linha BNDES Finem, sendo o restante complementado por programas agrícolas do Plano Safra -- neste caso, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop).

APORTE EM ARMAZENAGEM - Paralelamente, o BNDES afirmou que planeja aportar até 175 milhões de reais em um novo fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), em parceria com a AGI Brasil, empresa que atua na fabricação de equipamentos para armazenagem de granéis, e com a gestora de recursos Opea Capital.

O FIDC lançado em parceria com a AGI tem perspectiva de financiar até 250 milhões de reais, ao longo de dois anos, para a compra de equipamentos de manuseio e armazenagem de grãos, atendendo principalmente ao segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

O FIDC oferecerá condições mais vantajosas para regiões em que há maior déficit de armazenagem, podendo chegar a taxa equivalente a CDI mais 1,51% ao ano. O fundo prevê também que pelo menos 60% do valor investido em direitos creditórios seja associado ao segmento de MPMEs.

Em 2023, o BNDES mais que triplicou o número de operações para financiar novas estruturas de armazenagem de grãos no país. Ao longo do ano, o banco aprovou 13 financiamentos para diferentes cooperativas e empresas do agronegócio, totalizando 241,5 milhões de reais.

Já por meio de suas operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados, o BNDES emprestou cerca de 1,7 bilhão de reais no âmbito do Plano Safra 2023/2024 em programas com foco em armazenagem, como o PCA.

O banco respondeu por cerca de 30% dos recursos repassados pelo PCA na atual safra, segundo o comunicado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

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