Dias Toffoli abriu ainda em dezembro um inquérito para apurar fraude no uso de Tony Garcia como agente infiltrado
Relatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, o inquérito envolvendo o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) avança no tribunal, informa a Veja. "Recentemente, o ministro nomeou um delegado para tocar o caso, que entrou em nova fase. Com a equipe toda montada, é hora de os investigadores recrutados por Toffoli irem a campo atrás de provas contra o ex-juiz", diz a reportagem.
Moro enfrenta acusações de Tony Garcia e Alberto Youssef. Ele continua a negar qualquer irregularidade durante seu período como juiz no Paraná.
Toffoli, atendendo a pedidos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinou ainda em dezembro de 2023 a abertura de um inquérito na Corte contra Moro e procuradores que participaram de um acordo de delação premiada considerado o "embrião" da Operação Lava Jato. O caso foi levado ao STF por Tony Garcia, ex-deputado estadual paranaense e figura proeminente na política local no início dos anos 2000. Garcia firmou um acordo de delação premiada com Moro, então chefe da 13ª vara federal, no qual se comprometeu a atuar como um grampo ambulante para obter provas contra membros do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas do Estado, entre outras autoridades com foro de prerrogativa de função fora da alçada da Justiça Federal.
A PGR alega em documento que "extrai-se do relato que o acordo de colaboração foi utilizado como instrumento de constrangimento ilegal", enquanto a PF aponta indícios de que "a colaboração premiada foi desvirtuada de forma a funcionar como instrumento de chantagem e de manipulação probatória". Os investigadores ressaltam a necessidade de avançar nas investigações para apurar possíveis crimes de concussão, fraude processual, coação, organização criminosa e lavagem de capitais.
Fonte: Brasil 247 com informações da Veja
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