sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Ato convocado por Bolsonaro é "suicídio político", afirma Aloysio Nunes

 "Ele é o Jim Jones da política brasileira", compara o ex-chanceler

Aloysio Nunes (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 O ex-chanceler Aloysio Nunes (PSDB) não poupou críticas ao ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) para o dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo. À Folha de S. Paulo, Nunes afirmou que Bolsonaro está convocando seus aliados para um "suicídio político coletivo".

"Ele é o Jim Jones da política brasileira", afirmou Aloysio Nunes, fazendo referência ao líder religioso que levou mais de 900 de seus seguidores ao suicídio em Jonestown, na Guiana.

Aloysio Nunes recentemente deixou seu cargo na Prefeitura de São Paulo, onde atuava como diretor-presidente da SPNegócios. Sua saída ocorreu no início do mês, quando aceitou o convite do presidente Lula (PT) para assumir a chefia da divisão de assuntos estratégicos da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) na Europa.

Jim Jones - Jim Jones foi um líder religioso norte-americano que fundou e liderou o Templo do Povo, uma seita religiosa que ganhou notoriedade principalmente nos anos 1970. Jones era conhecido por sua habilidade de persuasão e por sua retórica carismática, o que lhe permitiu atrair muitos seguidores para sua causa.

No entanto, o Templo do Povo foi marcado por práticas autoritárias e controle sobre seus membros. Em 1977, Jones mudou a sede da seita para Jonestown, na Guiana, onde ele planejava construir uma utopia. Contudo, Jonestown logo se tornou um lugar de opressão e abuso, com relatos de trabalhos forçados, violência e lavagem cerebral.

O trágico ponto culminante ocorreu em 18 de novembro de 1978, quando Jones ordenou que mais de 900 membros do Templo do Povo cometessem suicídio coletivo, misturando um coquetel de cianeto e suco de frutas. Este evento ficou conhecido como o Massacre de Jonestown, tornando-se um dos maiores suicídios em massa da história moderna.

O caso de Jonestown é lembrado como um dos exemplos mais extremos de culto de personalidade e manipulação de massas na história contemporânea, e a tragédia resultante serviu como um alerta sobre os perigos do fanatismo e do poder desmedido de líderes carismáticos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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