No centro de um escândalo de suposta atuação ilegal, a Agência Brasileira de Informações (Abin) também está sob acusação de sonegar informações às vítimas da ditadura, ecoando os métodos do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), que operava como braço da ditadura militar. Com informações do Correio Braziliense.
Apesar do fim do SNI em 1990, com Fernando Collor de Mello, parte de seus servidores permaneceu na Abin, criada em 1999 por Fernando Henrique Cardoso.
Durante anos, a Agência resistiu a divulgar informações sobre mortes e perseguições durante a ditadura, apesar do habeas data garantir esse acesso desde 1988.
Durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Abin continuou resistindo a fornecer essas informações, alegando questões constitucionais. Somente após esforços de convencimento, as certidões começaram a ser emitidas em 2005, embora muitas informações fossem sonegadas.
Em 2005, um decreto de Lula ordenou a transferência dos arquivos do SNI para o Arquivo Nacional em Brasília, marcando uma mudança significativa no acesso às informações. O Arquivo Nacional passou a emitir certidões mais detalhadas, permitindo aos cidadãos solicitar cópias de documentos relevantes.
Essa mudança foi fundamental para as vítimas da ditadura e seus familiares, que anteriormente enfrentavam dificuldades para obter informações completas. Enquanto a Abin resistia, o Arquivo Nacional se mostrou mais receptivo e transparente.
Historiadores destacam a importância desse acesso às informações para a justiça de transição e reconhecimento das violências da ditadura. A presença de Marco Cepik na diretoria adjunta da Abin é vista como uma oportunidade para promover mudanças positivas no órgão.
Fonte: DCM com informações do jornal Correio Braziliense
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