O processo envolvendo os policiais militares do Distrito Federal presos pelo episódio dos ataques de 8 de Janeiro de 2023 apresenta uma série de movimentações suspeitas nos bastidores. O ministro Alexandre de Moraes votou para tornar réus sete policiais da corporação, acusados de omissão imprópria nos atos antidemocráticos. Esses agentes, incluindo ex-comandantes, enfrentam acusações relacionadas à preparação para um golpe de Estado.
No âmbito das investigações, surgiram indícios de possível ocultação de documentos solicitados pelo STF. Um ofício enviado por Moraes ao então comandante-geral da PMDF, Klepter Rosa, requeria uma série de informações, incluindo procedimentos e ordens de serviço relacionados aos acontecimentos de 8 de Janeiro de 2023.
De acordo com o jornal Metrópoles, enquanto o 2º CPR forneceu diversos documentos em resposta, o 1º CPR afirmou não ter produzido nenhum, embora a reportagem tenha tido acesso a relatórios indicando o contrário.
Durante os depoimentos à CPI da Câmara Legislativa, surgiram narrativas divergentes entre os policiais presos, incluindo trocas de acusações. O coronel Marcelo Casimiro, por exemplo, e o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra apresentaram versões distintas sobre as responsabilidades no planejamento e na execução dos eventos de 8 de Janeiro.
Uma suspeita de interferência foi lançada quando Paulo José, que assumiu interinamente o Departamento de Operações (DOP), contratou advogados que anteriormente auxiliavam na defesa de Casimiro. Essa conexão levantou questões sobre conflito de interesse e possível compartilhamento indevido de informações entre as defesas.
No contexto das combinações de versões, há relatos de estratégias alinhadas entre alguns policiais para desviar a culpa sobre determinados indivíduos.
Fonte: DCM
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