O principal é a eleição nos Estados Unidos, que pode realimentar a polarização política no Brasil
O início de 2024 traz uma aura de otimismo ao Brasil, mas o segundo ano de mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva promete desafios substanciais. A desaceleração econômica lança sombras sobre sua presidência, enquanto a ambiciosa meta de déficit zero do governo se revela uma empreitada difícil. Apesar disso, os mercados locais permanecem em alta, com a bolsa de valores atingindo recordes e uma contínua emissão de títulos. O relatório de Riscos Principais 2024 da Eurasia Group destaca tanto oportunidades quanto alertas que moldarão o caminho da maior economia da América Latina.
Em meio a incertezas globais, o Brasil surge como um protagonista capaz de colher benefícios de desafios geopolíticos. No radar da Eurasia Group, destacam-se duas ameaças: "Oriente Médio à beira do colapso" (risco #2) e "Ucrânia Particionada" (risco #3). Como produtor de alimentos e energia, o país está em posição privilegiada para aproveitar disrupções globais e deslocamentos de investimentos. Contudo, o relatório adverte sobre riscos internos, como polarização política e desafios econômicos globais que podem prejudicar o crescimento doméstico.
Apesar das perspectivas positivas, diversos desafios se apresentam. O relatório destaca o risco da eleição nos Estados Unidos (risco #1) e a questão da inteligência artificial não regulamentada (risco #4). Essas preocupações, latentes em 2023, refletem a realidade de um Brasil polarizado, com desconfiança nas instituições. A provável queda na aprovação de Lula, combinada com menor crescimento econômico, pode fortalecer uma oposição mais vocal. Além disso, a possível eleição de Donald Trump pode afetar as relações Brasil-EUA, com tarifas agressivas e desafios na cooperação ambiental. Enquanto a IA avança, o Brasil enfrenta o desafio de regulamentar sem sufocar inovações.
O relatório destaca ainda riscos econômicos globais, especialmente em relação à China, principal parceiro comercial do Brasil. A importância de diversificar as relações comerciais e abrir novos mercados é sublinhada para garantir crescimento e receita fiscal. Em resumo, apesar das oportunidades, o Brasil deve adotar uma abordagem estratégica diante dos desafios para garantir estabilidade e crescimento sustentável em 2024.
Fonte: Brasil 247
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