quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Valor, do Globo, diz que Haddad acertou ao bater no PT, mas não é suficientemente austero

 Jornal elogia o primeiro ano de Haddad à frente da Fazenda mas pede corte de investimentos em 2024 para que o país chegue ao déficit zero

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Aproveitando-se da cobrança pública feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a seu próprio partido, o PT, o Grupo Globo, desta vez por meio do jornal Valor Econômico, voltou seus ataques contra a legenda, elogiando a postura do ministro apesar das supostas resistência do presidente Lula (PT) e da sigla e cobrando mais austeridade do governo.

"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passou pela prova de fogo do primeiro ano de governo e saiu dela mais forte do que entrou, pelos bons resultados que obteve. Ele teve de enfrentar a desconfiança do Centrão, majoritário no Congresso, convencer o presidente da República a lhe conceder tempo para provar que suas ideias fiscais podem dar certo, mesmo quando contrariam o instinto de Lula, e relevar as críticas do PT a sua atuação, especialmente sobre a delicada missão de perseguir uma meta de déficit público a mais próxima possível de zero. Nas principais questões econômicas, Haddad venceu - contra os desejos da torcida irada de seu partido", diz o texto, em afago ao ministro, colocando o presidente e o PT como vilões da economia brasileira. 


O jornal credita o sucesso econômico do primeiro ano do terceiro mandato de Lula exclusivamente ao ministro da Fazenda, afirmando ser ele o responsável por "convencer" o presidente em todas as questões que alavancaram a economia em 2023. Na sequência, o texto propõe um corte de investimentos por parte do governo para alcançar a meta de déficit zero. "Apesar dos êxitos, Haddad tem um desafio enorme pela frente: déficit próximo de zero, essencial para o país, apenas baseado em aumento de receita, sem um programa de corte de despesas exemplar, não é exequível. Pelo que disse na entrevista, o ministro parece não estar convencido disso, o que é grave. Porque sem essa certeza, será impossível convencer a quem importa: Lula. E, então, o êxito consistente não virá".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

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