Empresário publicou em suas redes prova de uma ação continuada - e ilegal - da Lava Jato contra seus adversários
O empresário e político Tony Garcia publicou nesta sexta-feira (19) na rede social X um documento para comprovar que as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), não estão prescritas.
De acordo com o delator, o ex-juiz queria "chantagear, ameaçar, intimidar e torturar todos àqueles que não 'colaborassem' em sua sanha persecutória". "Na contramão do que dizem @SF_Moro e @deltanmd nenhum desses crimes estão prescritos. Isso dá cadeia!", afirmou.
"Os documentos oficiais abaixo são da força tarefa da Lava Jato datado de 26 de setembro de 2018 e assinado por todos seus integrantes. É uma das provas inequívocas de que o crime continuado dessa gente se deu no meu caso específico desde 2004, quando do meu acordo até 'ao menos' nessa data. Usaram desse expediente criminoso intimidatório para obrigarem-me a fornecer informações à eles como se obrigado fosse. O endereço que pedem a devassa sigilosa é do meu escritório", escreveu Garcia.
O ministro do STF Dias Toffoli havia aberto um inquérito com o objetivo de apurar as ilegalidades cometidas por Moro. Ao 247, o empresário confirmou que Sergio Moro queria perseguir o Partido dos Trabalhadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Numa outra conversa com o 247, Garcia disse ter sido coagido por Moro a forjar informações à revista Veja que pudessem comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT). De acordo com o delator, o ex-juiz transformou a capital paranaense na "Guantánamo brasileira".
Também numa entrevista ao 247, o advogado Roberto Bertholdo, perseguido por Moro, confirmou as revelações do empresário Tony Garcia, de que integrantes do Judiciário participaram da chamada "festa da cueca", com garotas de programa, em Curitiba (PR), onde são julgados processos de primeira instância da Lava Jato.
Segundo Garcia, procuradores próximos de Moro tinham conhecimento da festa envolvendo desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS), onde são julgados os processos da segunda instância jurídica na Lava Jato. O empresário disse que o ex-magistrado usou o evento para chantagear membros do TRF4. A chantagem seria para que magistrados do tribunal atendessem a interesses do ex-juiz.
Fonte: Brasil 247
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