Deputado vê 'cinismo' de CEO da empresa do ramo de papel e celulose após críticas a investimentos do governo na economia: "foi a quinta que mais recebeu créditos do BNDES"
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) expressou sua indignação diante das críticas do presidente da Suzano, Walter Schalka, aos investimentos governamentais na economia. Em um tweet publicado neste sábado (27), Lindbergh destacou o que considera "cinismo" por parte do CEO da Suzano, que recentemente questionou a eficácia dos subsídios governamentais no passado.
No centro da polêmica está uma declaração de Schalka ao jornal O Globo, na qual ele abordou a "maturidade na economia brasileira para as empresas serem independentes de apoios governamentais". O presidente da Suzano afirmou que os subsídios não foram bem-sucedidos no passado.
Lindbergh, por sua vez, criticou a postura de Schalka, alegando que é "muito cínico" da parte do CEO da Suzano questionar os subsídios governamentais que foram essenciais para a ascensão da empresa no mercado. O deputado ressaltou a importância desses incentivos para o crescimento econômico e acusou a elite brasileira de ser "mesquinha e excludente".
"Cuspindo no prato que comeu! O presidente da Suzano, a QUINTA EMPRESA QUE MAIS RECEBEU CRÉDITOS DO BNDES, afirma que os subsídios governamentais não deram certo no passado e, por isso, o governo tem que se retirar da economia. É muito CINISMO criticar aquilo que foi essencial pra Suzano ser uma gigante no mercado de celulose. Isso é a elite brasileira: MESQUINHA e EXCLUDENTE!", escreveu o parlamentar.
Já o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, em sua resposta às críticas de Schalka, destacou a importância histórica da parceria entre o BNDES e a Suzano. Ele sugeriu que o BNDES deveria ser o "convidado especial" para a celebração do centenário da Suzano, ressaltando a contribuição significativa do banco para o desenvolvimento da empresa ao longo das décadas.
A Suzano é apontada como a quinta empresa brasileira que mais recebeu crédito em sua história, totalizando R$ 15,273 bilhões, segundo dados do BNDES. Esses recursos foram direcionados principalmente por meio de subsídios e crédito mais acessível, beneficiando a empresa no setor de papéis e celulose. O presidente do BNDES afirmou que a Suzano foi a primeira empresa privada a receber recursos do banco, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento do setor no Brasil.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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