Coordenador do MST enfatiza o papel fundamental das ocupações como meio de corrigir as distorções fundiárias
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, projeta um cenário de crescente número de ocupações de terras no ano de 2024. Em dezembro do ano passado, Stedile destacou que 2023 representou o pior ano em quatro décadas para as famílias assentadas, desencadeando discordâncias significativas com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, do Partido dos Trabalhadores (PT).
O líder do MST, em entrevista à Folha de S. Paulo, ressalta a importância da contínua pressão sobre os governantes, argumentando que, diante da inatividade do governo, a crise capitalista continuará a se aprofundar, resultando em um aumento nas agitações sociais relacionadas à questão agrária.
Stedile enfatiza o papel fundamental das ocupações como meio de corrigir as distorções fundiárias, observando que, historicamente, nenhum país conseguiu resolver questões agrárias sem uma mobilização ativa da população.
Além disso, ele expressa preocupação com a nova geração de militantes, apontando uma demora na formação e na disposição dos jovens sem-terra para atividades militantes, atribuindo parte desse comportamento à influência das redes sociais. Apesar do MST ter canalizado esforços em iniciativas mais internas, como o desenvolvimento de cadeias produtivas e a realização de feiras, Stedile argumenta que a política de ocupações não pode ser abandonada, sendo essencial manter a pressão sobre os governantes para abordar efetivamente as questões fundiárias no Brasil.
Fonte: Brasil 247 com entrevista na Folha de S. Paulo
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