terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Sobreviventes de festival atacado pelo Hamas processam autoridades israelenses e pedem indenização de 50 milhões de euros

 Ação movida por quase 50 sobreviventes dos ataques do dia 7 de outubro baseia-se em informações de que as forças de segurança tinham informações prévias sobre potenciais ameaças

Ataques palestinos a Israel (Foto: HispanTV)

Quase 50 sobreviventes dos ataques do grupo palestino Hamas a um festival de música em Israel, no dia 7 de outubro, apresentaram um pedido de indenização de 200 milhões de shekel (cerca de 50 milhões de euros) contra o Ministério da Defesa e o Exército israelita, alegando negligência. A ação judicial apresentada num tribunal de Tel Aviv, segundo a agência Lusa, baseia-se em informações de que as forças de segurança israelitas, tinham informações sobre potenciais ameaças ao festival perto do 'kibutz' Rei'm, um dos locais visados pelo Hamas.


"Seria necessária uma única chamada telefônica de funcionários das Forças de Defesa de Israel [FDI] ao comandante responsável pela festa para que fosse imediatamente dispersada", diz o grupo em sua queixa, segundo o diário The Times of Israel. "Considerando o perigo esperado, teriam sido salvas vidas e evitadas lesões físicas e mentais a centenas de participantes na festa, incluindo os que apresentam esta queixa. A negligência e o grave descuido são incríveis", diz um trecho da ação, de acordo com a reportagem. De acordo com a denúncia, “o Hamas matou 364 participantes do festival e sequestrou 40, alguns já libertados, enquanto outros continuam desaparecidos”

O recente conflito entre Israel e o Hamas eclodiu após um ataque sem precedentes do movimento palestino em território israelense em 7 de outubro. Nesse dia, um total de 1.140 pessoas foram mortas, a maioria civis, incluindo cerca de 400 militares, segundo o último relatório oficial. Figuras israelenses. Aproximadamente 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel afirmando que 127 permanecem em Gaza.

Em retaliação, Israel tem bombardeado seguidamente a Faixa de Gaza desde 7 de outubro. Os ataques indiscriminados, que incluem alvos civis como escolas e hospitais, já mataram mais de 22 mil pessoas, principalmente mulheres, crianças e adolescentes, e mais de 54 mil feridos. A maior parte das infra-estruturas foi destruída e quase dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Lusa

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