sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Senador afirma que 'com certeza' marcará audiência de Ramagem para tratar do caso Abin

 Audiência havia sido aprovada pelo plenário em março de 2023, mas nunca foi marcada. O presidente da Comissão de Segurança Pública decidiu reviver o convite após a operação da PF

Alexandre Ramagem (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

 Na esteira da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (25), contra um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, o Senado se mobiliza para esclarecer as ações do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi alvo da operação. 

De acordo com a coluna do Guilherme Amado no portal Metrópoles, a Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida pelo senador Jorge Petecão (PSD-AC), decidiu marcar uma audiência que já estava aprovada desde março de 2023. O requerimento para essa audiência foi apresentado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), e teve quase unanimidade de aprovação no plenário, com os votos contrários apenas do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, ambos ligados ao bolsonarismo.

O deputado Ramagem foi convidado para prestar esclarecimentos sobre o uso do software FisrtMile para espionar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e governadores, entre outros, durante sua gestão na Abin. Apesar de a audiência estar aprovada desde o ano passado, o presidente da Comissão de Segurança Pública nunca havia definido uma data para sua realização.

Após a Operação Vigilância Aproximada, que resultou em buscas no gabinete de Ramagem e em seu apartamento funcional, o senador Petecão afirmou à coluna do Guilherme Amado que "com certeza" a audiência será marcada assim que o recesso legislativo terminar.

A Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em diversas cidades do país. Os investigados, incluindo sete policiais federais, podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático, organização criminosa e interceptação de comunicações sem autorização judicial.


Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles

Nenhum comentário:

Postar um comentário