O presidente Lula já havia afirmado nesta terça-feira que "não havia clima" para a permanência de Alessandro Moretti após acusações de envolvimento na 'Abin Paralela' de Ramagem
BRASÍLIA (Reuters) - O Palácio do Planalto decidiu pela troca do número 2 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resiste a trocar o diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Corrêa, com quem tem proximidade, apesar de sofrer pressão para demiti-lo, disseram à Reuters fontes que acompanham o tema.
Moretti, que é delegado da Polícia Federal, está de férias e volta na quarta-feira a Brasília, quando deverá prestar esclarecimentos à PF sobre as acusações de que teria dificultado as investigações da própria corporação sobre o suposto monitoramento ilegal de autoridades pela Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com as fontes, a decisão pela demissão já está tomada, uma vez que o nome de Moretti foi citado nas investigações sobre um "possível conluio" dos investigados na operação com a atual direção da Abin.
Já a situação de Corrêa é diferente. Diretor-geral da PF durante o segundo mandato de Lula, ele é da confiança do presidente, como o próprio Lula disse em entrevista a uma rádio nesta terça. "O companheiro que eu indiquei para ser o diretor-geral da Abin é o companheiro que foi meu diretor-geral da Polícia Federal entre 2007 e 2010. É uma pessoa que eu tenho muita confiança, e por isso eu o chamei, já que eu não conhecia ninguém dentro da Abin", afirmou.
Fonte: Brasil 247 com Reuters
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