A Procuradoria também pediu que o inquérito sobre o ex-parlamentar fique no Supremo, e não sob responsabilidade da Justiça do Distrito Federal
Em comunicado ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (18), o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet Branco, afirmou que existe um "elo relevante" entre o ex-deputado federal bolsonarista Roberto Jefferson (sem partido-RJ) e os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
No documento, a PGR também pediu que o inquérito sobre o ex-parlamentar fique no Supremo, e não sob responsabilidade da Justiça do Distrito Federal. “Os fatos imputados ao réu Roberto Jefferson podem ser vistos como elo relevante nessa engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro", afirmou o procurador. O relato foi publicado no portal Metrópoles.
Em junho de 2022, o Supremo Tribunal Federal tornou Jefferson réu pelos crimes de homofobia, calúnia e incitação ao crime de dano contra patrimônio público. Também ficou decidido que a Justiça Federal no Distrito Federal seria a responsável pela investigação.
De acordo com o chefe da PGR, "há motivos" para que seja estabelecida a competência do STF para o julgamento do ex-deputado. Relator do caso no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes submeteu uma questão de ordem aos demais juízes, para manter a ação penal contra Jefferson na Corte.
No inquérito dos atos golpistas, a Procuradoria-Geral da República denunciou 1.413 pessoas - 1.156 incitadores, 248 executores, oito agentes públicos e o financiador. O STF recebeu pelo menos 1345 denúncias criminais da PGR. O Supremo fez 30 condenações até o momento. Outros julgamentos vão acontecer.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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