Dados de autoridades e figuras públicas eram comercializados em plataformas nas redes sociais que chegavam a 10 mil "assinantes"
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (31), a Operação I-Fraude, visando desmantelar um sofisticado esquema de venda de dados extraídos de sistemas federais que eram comercializados por meio de plataformas nas redes sociais. Segundo o Metrópoles, a investigação revelou a existência de diversos "planos" oferecidos, com mensalidades variáveis de acordo com o número de consultas realizadas. O painel contava com aproximadamente 10 mil "assinantes", que realizavam, em média, 10 milhões de consultas mensais.
Os indícios apurados apontam que dados de autoridades e figuras públicas estavam disponíveis para consulta. “Entre os usuários, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Aos policiais, os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar – para comprovação de identidade – foto da carteira funcional. Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados”, ressalta a reportagem.
Ao todo, os agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Pernambuco, Rondônia, Minas Gerais e Alagoas. Também foram cumpridos sete mandados de medidas cautelares diversas da prisão contra os investigados.
As penas previstas para os crimes envolvidos, como invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa, podem chegar a 23 anos de reclusão.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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