terça-feira, 30 de janeiro de 2024

PF acredita ter chegado ao 'coração da Abin paralela' com operações contra Ramagem e Carlos Bolsonaro

 Investigadores acreditam que podem ter alcançado o executor e o idealizador do esquema de espionagem ilegal que funcionou no governo Bolsonaro na Agência Brasileira de Inteligência

Alexandre Ramagem e Carlos Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Renan Olaz/CMRJ)

Agentes Polícia Federal acreditam que os dispositivos eletrônicos pertencentes ao deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL), e ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e que foram apreendidos em duas operações nos últimos dias permitirão chegar ao “coração” da chamada “Abin paralela", que consistia em um esquema de espionagem ilegal de opositores e críticos do governo Bolsonaro.

Segundo a coluna do jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, “a esperança é que os conteúdos encontrados nos aparelhos dos dois vão ajudar a elucidar o possível crime de arapongagem sob o governo de Jair Bolsonaro (PL). A investigação, que tem pouco menos de um ano, pode chegar ao fim cedo, avaliam os agentes. Isso porque a PF pode ter alcançado o executor (Ramagem) e o idealizador (Carluxo) do esquema de espionagem ilegal da agência”.

A hipótese central gira em torno da suspeita de que Carlos Bolsonaro teria utilizado a estrutura da Abin para perseguir, difamar e prejudicar reputações de adversários e críticos do governo do ex-mandatário. Carlos Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF na segunda-feira (29) que resultou na apreensão de celulares e computadores encontrados em endereços ligados a ele. 

Em resposta às suspeitas, Jair Bolsonaro negou a existência de uma "Abin paralela" em seu governo, mas argumentou que possuía uma "inteligência particular", distinta da Abin e da Polícia Federal, baseada em suas relações com pessoas no Brasil e ao redor do mundo. Além disso, Bolsonaro acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de perseguição contra ele e seus familiares. 

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna do jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles

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