De acordo com os dados coletados, 71% dos leitores do Brasil 247 se alinham com ideologias de esquerda ou centro-esquerda
Uma pesquisa acadêmica realizada pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas, em parceria com o instituto Atlas Intel, com apoio da Embaixada da Alemanha no Brasil e coordenada pelos professores Marco Aurelio Ruediger e Amaro Grassi, colocou o Brasil 247 como o jornal eletrônico de maior adesão e engajamento junto ao público de esquerda e centro-esquerda no País. Intitulado "Consumo de mídias digitais no Brasil – um mapeamento das dietas informacionais e dos usos de plataformas digitais no contexto nacional", este estudo, finalizado em dezembro de 2023, faz parte do projeto Democracia Digital e teve como objetivo mapear as preferências de mídia dos brasileiros. O trabalho revelou que uma expressiva parcela dos leitores do Brasil 247 se identifica com correntes progressistas.
De acordo com os dados coletados, 71% dos leitores do Brasil 247 se alinham com ideologias de esquerda ou centro-esquerda, enquanto uma minoria de 19% se classifica como de direita ou centro-direita. Esta distribuição de público demonstra o forte apelo do Brasil 247 junto ao campo progressista, consolidando sua posição como um veículo de comunicação de peso no debate político nacional. Além do perfil progressista de seus leitores, o Brasil 247 também se destaca como um dos principais players no ecossistema de mídia digital brasileiro. Em termos de audiência no campo político, o estudo posiciona o Brasil 247 atrás apenas de veículos de comunicação da imprensa corporativa, como G1, CNN, O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
O estudo coletou os dados entre os dias 10 e 22 de agosto de 2023, e também apontou que WhatsApp e YouTube estão entre as mídias sociais mais utilizadas. Além disso, os assuntos mais consumidos pelos que responderam ao estudo são política e economia. As plataformas digitais mais acessadas diariamente pelos brasileiros são WhatsApp (81%) e Google (70%). Em seguida foram citados Youtube (45%), Instagram (36%) e Facebook (27%). Além disso, 54% dos jovens entre 16 e 24 anos utilizam diariamente o TikTok. Importante registrar que a TV 247, com 1,3 milhão de inscritos, possui forte presença no Youtube, com uma das maiores produções jornalísticas de caráter independente no Brasil.
Outro aspecto interessante destacado pela pesquisa é a divisão de preferências de mídia entre gêneros. Enquanto a maioria do público do Brasil 247 é composta por homens (54%), o levantamento aponta que as mulheres, em geral, tendem a escolher veículos de imprensa mais tradicionais. Assim como o Brasil 247 é o veículo com maior engajamento entre os leitores de esquerda no País, a Jovem Pan ocupa esta mesma posição entre os leitores de direita.
A equipe de pesquisadores incluiu Anna Bentes, Beatriz Pinheiro, Denisson Santos, Eurico Matos, Luciana Veiga e Renata Tomaz, num trabalho que trouxe várias conclusões interessantes, como apontam as tabelas abaixo:
Acesso às plaformas digitais (diariamente, algumas vezes, uma vez ou outra, nunca – do verde ao vermelho):
Quanto à ideologia, verifica-se que a audiência da política nas redes sociais está equilibrada entre os segmentos de direita (29%) e centro direita (5%) com os segmentos de esquerda (25%) e centro esquerda (10%). São 34% no eixo centro direita/direita e 35% no eixo centro-esquerda/esquerda. Apenas 6% se apresentam como integralmente de centro e 24% disseram que não têm ideologia ou não sabem dizer:
O trabalho pioneiro da FGV trouxe importantes dados sobre o consumo de informação não apenas nas grandes plataformas digitais, as chamadas big techs, como também nos principais veículos digitais do País. "Com a centralidade da comunicação digital cada vez maior, compreender os hábitos de uso e fluxos informacionais nas mídias digitais é também compreender as transformações sociais e políticas das nossas sociedades", concluem os pesquisadores.
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