Políciais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de ligação com um esquema de espionagem ilegal de opositores do governo Bolsonaro
A operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta segunda-feira (29) para apurar um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin),tem como foco o núcleo político suspeito de participação no caso. Os policiais federais estão cumprindo 21 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal. Entre os alvos está o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL).
As investigações apontam que Carlos Bolsonaro é suspeito de receber informações da Abin através do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a Abin durante o governo Bolsonaro. O próprio Ramagem também está sendo investigado, tendo sido alvo de busca e apreensão na semana passada.
Segundo o jornal O Globo, “no inquérito, a PF separou os suspeitos em cinco núcleos: PF, em que são investigados os policiais cedidos à Abin durante a gestão de Ramage; Alta Gestão, acerca da cúpula da pasta; Subordinados; Evento Portaria 157, sobre uma ação em que foram monitorados envolvidos com uma Organização Não-Governamental (ONG); e Tratamento Log, sobre os servidores que acessam o sistema da Abin”.
O esquema de espionage ilegal feito pela Abin veio a público em março do ano passado e revelou que a agência usava um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de pessoas pré-determinadas por meio de seus aparelhos celulares durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Após essa revelação, a Polícia Federal iniciou um inquérito que identificou que a ferramenta foi utilizada para monitorar opositores e críticos do da gestão Bolsonaro, incluindo governadores e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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