sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

'Não há sobreviventes do helicóptero desaparecido', diz PM

 Destroços da aeronave em que estavam quatro pessoas foram encontrados em uma área de mata em Paraibuna, na Serra do Mar, nesta sexta-feira

Helicóptero desaparecido é localizado em Paraibuna | Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e a mãe, Luciana Marley Rodzewics Santos, 46 (Foto: Divulgação/Polícia Militar | Reprodução)

A Polícia Militar anunciou em uma entrevista coletiva que não há sobreviventes no helicóptero modelo Robinson R44 que estava desaparecido desde o dia 31 de dezembro quando partiu de São Paulo em direção a Ilhabela, no litoral norte do estado, cujos destroços foram encontrados nesta sexta-feira (12) em uma área de mata na região de Paraibuna, na Serra do Mar

A aeronave estava ocupada pelo empresário Raphael Torres, de 41 anos, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, e o piloto Cassiano Tete Teodoro.

Desde o início do ano, as operações de busca envolveram helicópteros e aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), Polícia Militar e Polícia Civil, com reforço de equipes do Exército. A família do piloto e a empresa CBA Investimento, operadora da aeronave, também contribuíram com buscas em solo, mobilizando cerca de 20 mateiros utilizando drones, binóculos e outros equipamentos.

Durante a viagem, Raphael Torres alertou seu filho sobre condições climáticas adversas na cidade litorânea, indicando uma mudança de rota para Ubatuba. Letícia, filha de Luciana, também comunicou o namorado sobre o mau tempo.

Segundo a Folha de S. Paulo, “as autoridades investigam se os passageiros eram conduzidos por um serviço irregular de táxi aéreo. O piloto Cassiano Teodoro teve sua licença e todas as habilitações cassadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em setembro de 2021 por transporte aéreo clandestino, fraudes em planos de voo e após ter escapado de uma fiscalização. Ele obteve uma nova licença em outubro do ano passado, após ficar afastado pelo prazo máximo de dois anos, mas, segundo a agência de aviação, ainda não estava habilitado a realizar voos com passageiros”.

A empresa operadora do helicóptero também não possuía autorização para transporte aéreo de passageiros. Em 2022, o Ministério Público Federal recomendou que várias empresas de aviação evitassem alugar aeronaves para companhias associadas a Teodoro devido à sua atuação clandestina no setor. A defesa de Teodoro afirma que houve uma punição indevida contra o piloto e que fiscais da Anac cometeram irregularidades durante uma fiscalização.

Fonte: Brasil 247

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