segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Ministério da Saúde prepara pacote de até R$ 3,7 bilhões para retomar obras inacabadas

 Ministra da Saúde, Nísia Trindade, vem sendo acusada por integrantes do Centrão de represar verbas para estados e municípios

Nísia Trindade (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Alvo de críticas por parte de integrantes do Centrão que acusam a ministra da Saúde, Nísia Trindade, de represar verbas para estados e municípios, a pasta anunciará nesta semana um programa de retomada das obras que ficaram paralisadas ou inacabadas na área da saúde nos últimos anos. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “estima-se que cerca de 5,4 mil obras poderão ser contempladas, abrangendo diversos tipos de equipamentos de saúde: Unidades Básicas de Saúde (UBS), academias da saúde, construção e ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Centros Especializados em Reabilitação (CER), entre outros. Um investimento que pode chegar a R$ 3,7 bilhões”.

Para garantir uma abordagem justa na priorização das obras, o Ministério da Saúde utilizará critérios como percentual de execução, ano de contratação, atendimento a comunidades rurais, indígenas ou quilombolas, e histórico de desastres naturais nos últimos 10 anos, entre outros. O prazo estipulado para a conclusão das obras é de 24 meses, com a possibilidade de prorrogação por um período equivalente. 

Ainda de acordo com a reportagem, apesar das críticas contra ela serem direcionadas à distribuição de verbas do Ministério da Saúde, escolhas de fornecedoras e nomeações, "a ministra entendeu que está sob ataque de forças poderosas". A pressão sobre Nísia pode ser entendida como mais uma demonstração do apetite do Centrão pela pasta.

presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa de Nísia no último final de semana e afirmou que ela está sendo "alvo de intrigas" plantadas por "grupos políticos ávidos por abocanhar o ministério". Gleisi, porém, não especificou quais grupos seriam esses. 

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder do governo no Congresso, também saiu em defesa da ministra e afirmou que “os motivos são os de sempre: a cobiça pelo ministério e as qualidades da ministra como defensora intransigente do SUS”.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo

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