Aliança liderada pelos EUA vive estado de 'psicose militar', disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko
O próximo exercício militar da Otan, o 'Steadfast Defender' 2024 (Defensor Firme 2024, em tradução livre), aumenta o risco de confronto militar não intencional e compromete a segurança na Europa, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, à Sputnik no domingo.
A Otan anunciou na quinta-feira que iniciará o exercício na próxima semana. A aliança liderada pelos EUA o descreve como o maior exercício da Otan em décadas, com a participação de cerca de 90.000 tropas de 31 aliados e da Suécia.
"Qualquer evento desta escala aumenta significativamente o risco de incidentes militares e desestabiliza ainda mais a segurança. Mas a segurança europeia é de pouca preocupação para o comando superior da Otan, que está muito ocupado tentando manter essa ferramenta de influência dos EUA relevante na guerra já perdida pela dominação global do Ocidente", disse Grushko.
O diplomata sênior acrescentou que a Rússia não será intimidada pelo que ele descreveu como uma provocativa demonstração de força. Ele disse que seu país tinha tudo o que era necessário para garantir sua segurança e capacidades de defesa.
Ele também afirmou que a escala dos exercícios da Otan marca o regresso final e irrevogável da aliança aos esquemas da Guerra Fria para se opor à Rússia.
"Esses exercícios são mais um elemento da guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia. Os exercícios dessa escala - 90.000 militares com a participação de 31 países - marcam o retorno final e irrevogável da Otan aos esquemas da Guerra Fria, quando o processo de planejamento militar, recursos e infraestrutura estavam sendo preparados para o confronto com a Rússia", disse Grushko.
Ele também observou que a preparação para os exercícios "acontece em uma atmosfera artificialmente aquecida de psicose militar".
"Declarações irresponsáveis sobre uma possível guerra com a Rússia, para a qual os cidadãos europeus 'deveriam se preparar', foram feitas pelo ministro da Defesa alemão, pelo comandante-chefe sueco e pelo presidente do Comitê Militar da Otan. O objetivo é claro: demonizando a Rússia, intimidando o cidadão comum, justificar o aumento desenfreado nos gastos militares e a política completamente fracassada de apoiar o regime de Kiev com o objetivo de infligir uma derrota estratégica à Rússia. E, ao mesmo tempo, forçar os europeus a se juntarem ainda mais energicamente à corrida armamentista, para a alegria do complexo militar-industrial americano", disse Grushko.
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