terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Lula fala em "guerra" contra o garimpo ilegal e promete usar "todo o poder que a máquina pública pode ter"

 Presidente fez reunião com ministros "para definir, de uma vez por todas, o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas continuem sendo vítimas de massacres"

presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena reunião com ministros e outras autoridades para discutir a situação atual do povo Yanomami, em Roraima, que ainda sofre com o garimpo ilegal na Terra Indígena (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | REUTERS/Bruno Kelly)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma reunião ministerial na manhã desta terça-feira (9) para abordar a crise humanitária na Terra Indígena ianomâmi, agravada pela persistência da pandemia de Covid-19 e ainda à espera de uma solução definitiva. No encontro, segundo o G1, Lula afirmou que a questão dos ianomâmi, e dos indígenas em geral, será tratada como “questão de Estado” e que irá empregar “todo o poder que a máquina pública pode ter” para garantir os direitos dessas populações.

“Porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal. Que a gente possa perder uma guerra para madeireiro legal. Perder uma guerra para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, disse Lula. “Esta reunião aqui é para definir, de uma vez por todas, o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, de vandalismo, da garimpagem, e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono, que são os indígenas, e que não podem ser utilizadas”, completou. 

A Terra Indígena ianomâmi teve a emergência de saúde pública decretada pelo governo há quase um ano, em 20 de janeiro de 2023 e, desde então, Lula tem demonstrado uma preocupação contínua com a situação. O território, localizado nos estados de Roraima e Amazonas, tem enfrentado os impactos do garimpo ilegal. O governo destacou a criação de um centro de operações de emergência em saúde pública na região em 2023, com mais de 13 mil atendimentos de saúde realizados e o envio de 4,3 milhões de unidades de medicamentos e insumos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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