A principal dúvida é sobre o destino do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. "Eu tenho por hábito não indicar ninguém", avisou Lula
O presidente Lula (PT) anunciou oficialmente nesta quinta-feira (11) a nomeação de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça e Segurança Pública e disse que "ganha o Brasil" com sua chegada ao governo e com a ida do ainda ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Fico feliz porque o Lewandowski deixou a cadeira do STF, após anos de contribuição na Suprema Corte, e vai assumir o lugar do companheiro Flávio Dino, em 1° de fevereiro. Ganha o Ministério da Justiça e Segurança Pública com o Lewandowski, ganha a Suprema Corte com Flávio Dino e ganha o Brasil", afirmou o presidente.
Lula explicou que Lewandowski tomará posse como ministro em 1 de fevereiro e que, até lá, Dino permanecerá no cargo. A nova equipe do ministério, segundo o presidente, será montada por Lewandowski e depois revisada por ele. No entanto, Lula disse que tem por hábito não interferir na montagem de equipes. "Quando eu indico uma pessoa, eu indico por uma relação de confiança. E eu digo para a pessoa: 'monta o seu governo. Quando você estiver com seu governo montado, você me procure que eu vou ver se tenho coisas contrárias a alguém ou tenho alguma indicação para fazer'. Eu tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Eu quero que as pessoas montem o time que ele vai jogar".
"Eu, se fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time. O meu time sou eu que escalo. Se eu perder, me tirem, se eu ganhar, eu continuo. Então eu disse ao companheiro Lewandowski só vou fazer o decreto da oficialização dele, a pedido dele por conta de coisas particulares, no dia 19, e nós acertamos que ele toma posse como ministro no dia 1 de fevereiro", acrescentou.
Na sequência, Lula afirmou que quando o novo ministro tiver uma equipe montada, "ele vai conversar comigo e aí nós vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades". A principal dúvida é sobre o destino do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. Ele deverá ser substituído pelo advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que ocupou o cargo de secretário-geral do STF quando Lewandowski era presidente da Corte.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário