Parlamentar diz que o ex-mandatário teria sido informado da operação da PF que teve Carlos Bolsonaro como alvo e usou a desculpa de que havia ido pescar para se livrar de provas
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais para ironizar as declarações do advogado e ex-secretário do governo Jair Bolsonaro (PL) que disse que o ex-mandatário havia saído para pescar no início da manhã e que, portanto, ele não teria como saber da operação da Polícia Federal (PF) que teve um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), como alvo principal.
“Pessoal, o advogado de Bolsonaro, aquele Fabio Wajngarten, disse que o Bolsonaro, no meio da operação da Polícia Federal, e a família, todos os 3 filhos, tinham saído para pescar às 5h da manhã, de barco. Que bonitinho. Só que isso é mentira. É mentira. As informações que nos chegam é que Bolsonaro foi avisado da operação um pouco antes e eles não sabiam o que vinham na operação da Polícia Federal, podia ter a prisão de algum de seus filhos, e eles fugiram desesperados, como covardes, de barco. Destino incerto. Os celulares deles devem estar com os peixes. Não sei onde eles pararam depois de tudo isso, mas essa é a verdade. Esta história não se sustenta em pé”, disse Lindbergh em um vídeo postado em sua conta no X, antigo Twitter.
Wajngarten fez o primeiro pronunciamento em nome do clã Bolsonaro após a PF deflagrar uma operação para apurar o esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro e que teve o filho “02” do ex-mandatário como um dos alvos centrais. Os agentes cumpriraram mandados de busca e apreensão contra o parlamentar em sua residência e em seu gabinete na Câmara Municipal, além da casa em uma praia de Angra dos Reis, onde o clã está passando as férias.
A postagem de Lindbergh vem na esteira das suspeitas de que Bolsonaro e os filhos teriam saído de barco para jogarem provas no mar, visando evitar que equipamentos fossem apreendidos durante a operação. O cumprimento do mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No mandato, Moraes também determinou a apreensão dos equipamentos pertencentes a Jair Bolsonaro, além dos pertencentes ao senador Flávio Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247
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