terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Jaques Wagner diz que decisão sobre MP da Reoneração levará em conta a "responsabilidade fiscal"

 Líder do governo no Senado acompanhou a reunião entre o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad (Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu nesta segunda-feira (15) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na Residência Oficial do Senado. O encontro teve como foco a análise da medida provisória (MP) enviada pelo governo federal que propõe a reoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia.

A reunião contou com a participação do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que garantiu que será levada em consideração a "responsabilidade fiscal" na tomada de decisões relacionadas à MP da Reoneração, segundo o Metrópoles. Wagner ressaltou que o objetivo não é criar perdedores ou vencedores, mas sim garantir um equilíbrio nas medidas propostas. "Não há nenhum objetivo de termos perdedores e vencedores, tem responsabilidade fiscal", afirmou ao final do encontro.

Quanto aos detalhes sobre os avanços da reunião, Jaques Wagner preferiu manter a discrição, destacando que decisões concretas só serão anunciadas quando "bater o martelo". "Foi uma MP apresentada, não foi instalada comissão, está se vendo saídas”.

Para avançar nas discussões, Jaques Wagner indicou a necessidade de um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, a conclusão das negociações está prevista apenas para a "retomada dos trabalhos" em fevereiro. "Qualquer coisa só deve acontecer na retomada dos trabalhos, está se preparando isso. Não tenho proposta para adiantar. O que tem na mesa não posso falar, senão, estrago tudo", afirmou Jaques Wagner.

Pacheco e Haddad optaram por não conceder entrevistas após a reunião, que encerrou-se às 20h20. 

A MP da Reoneração entra em vigor em 1º de abril. Até essa data, a desoneração dos 17 setores da economia permanece em vigor, permitindo um tempo hábil para negociações entre o governo e o Congresso. Com o recesso legislativo até fevereiro, nenhuma decisão formal deverá ser tomada até lá, mas a pressão e reações dos parlamentares têm sido notáveis. Vale ressaltar que a desoneração da folha de pagamento, em prática desde 2011, teve sua prorrogação aprovada pelo Congresso até 2027, mas foi vetada pelo presidente Lula. O veto, porém, foi posteriormente derrubado pelo parlamento no final do ano passado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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