sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

IBGE: produção da indústria nacional registra crescimento em nove dos 15 locais pesquisados

 O governo Lula e o BNDES anunciaram pacotes bilionários em créditos para o setor industrial

Da esq. para a dir. no círculo: o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: ABR)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (12) que nove dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional apresentaram taxas positivas, com o aumento de 0,5% da produção industrial na passagem de outubro para novembro. Os números foram publicadas em um contexto no qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidido por Aloizio Mercadante, aprovou R$ 26 bilhões de crédito para a indústria, o maior volume em operações diretas desde 2014. Em julho do ano passado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou R$ 106 bilhões de crédito para o setor industrial pelos próximos quatro anos.

Analista da pesquisa divulgada pelo IBGE, Bernardo Almeida reforçou que a taxa de juros (11,75%) tem "impacto na renda das famílias". "O crédito está menos encarecido. Os juros estão elevados, mas conseguimos ver uma melhora na renda disponível das famílias", destaca De acordo com o IBGE, a renda média subiu 2,3% no terceiro trimestre do ano passado, atingindo o valor de R$ 3.034.

O maior avanço individual veio do Paraná (5,4%) em novembro. São Paulo (1,9%) teve a maior influência no resultado mensal. Principal polo industrial do País, São Paulo apresentou avanço de 1,9% em novembro e acumulou ganho de 2,3% nos últimos dois meses. Os resultados da indústria paulista foram puxados pelo setor farmacêutico, corroborando o resultado nacional, que também teve esse setor como um dos destaques positivos.

“A indústria paulista está 22,0% abaixo do patamar mais elevado, de março de 2011, mas também observamos uma melhora de ritmo na produção, quando comparamos com o patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Não estamos falando de uma retomada de crescimento sustentado, mas sim uma melhora no cenário da produção industrial. Se isso vai criar uma trajetória de crescimento sustentado, ainda precisamos esperar os próximos dados", avaliou.

A indústria do Paraná apresentou a maior alta individual, com taxa de 5,4%, e foi a segunda maior influência no resultado nacional. Novembro foi o quarto mês consecutivo de resultados positivos no estado, que acumula ganho de 14,5%. "O setor que tem mais influenciado essa indústria nos últimos meses é o de derivados do petróleo", destacou.

A segunda maior taxa positiva, e quinta influência no mês, veio da indústria do Espírito Santo. O estado eliminou parte da perda de 7,1% acumulada no período setembro-outubro. A setor que exerceu influência no resultado da indústria capixaba foi o extrativo.

Os estados de Pernambuco (-9,7%) e Amazonas (-4,2%) mostraram os recuos mais intensos na produção, com o primeiro local eliminando o avanço de 9,8% registrado em outubro e o segundo marcando o terceiro mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 15,1%.

Indústria avança em 12 dos 18 locais pesquisados

Na comparação com novembro de 2022, o setor industrial cresceu 1,3% em novembro de 2023, com resultados positivos em doze dos 18 locais pesquisados. Vale citar que novembro de 2023 (20 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (20).

Nesse mês, Paraná (21,2%), Espírito Santo (18,5%), Goiás (16,6%), Pará (12,8%), Rio de Janeiro (10,5%) e Mato Grosso (10,0%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados, impulsionados pelo comportamento positivo dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, gasolina automotiva, asfalto de petróleo, óleos combustíveis e querosenes de aviação), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no segundo.

Bahia (8,4%), Maranhão (5,0%), Santa Catarina (2,2%) e Mato Grosso do Sul (2,2%) também apontaram avanços mais intensos do que a média nacional (1,3%), enquanto Ceará (0,9%) e Minas Gerais (0,2%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice mensal de novembro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov



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