"Os indicadores econômicos são positivos mas não são suficientes", critica o ex-presidente do PT
Durante entrevista à TV 247, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) José Genoino argumentou sobre a posição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nas críticas que fez ao próprio partido nesta semana. O ex-dirigente também pontuou que a atuação do ministro não pode ser de concessão ao mercado.
Um dos grandes desacordos de Genoino na abordagem econômica de Haddad é com relação ao déficit zero, que, segundo ele, cria uma “amarração” no sistema: “o déficit zero é viável nas produções do ajuste fiscal que já possui as limitações para o investimento público direto e indireto, e no caso das limitações é uma maneira de atender os reclamos da classe dominante que podem vir a afetar os investimentos sociais e a geração de empregos”.
O ex-presidente do PT também enfatizou a importância do debate sobre a política econômica e criticou a postura de Haddad de achar que a equipe econômica do governo é "a deusa da verdade", destacando que os indicadores econômicos de 2023 são positivos mas não suficientes. Ele aponta a necessidade de crescimento da geração de empregos, a queda da inflação e o bem-estar subjetivo da população como tópicos importantes para uma avaliação mais correta da situação econômica do país.
Genoino também expressou descontentamento com a negociação do ajuste fiscal no Congresso Nacional, lamentando que as limitações tenham sido mantidas e até pioradas. “Devíamos ter tensionado mais, nos posicionado mais claramente e mesmo que a direita no Congresso nos imponha a derrota, fica claro para a população o que nós queremos, quais são os objetivos do governo”, afirmou o ex-presidente do partido.
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