Prioridade do grupo de mídia é a regulação da internet, proposta que foi defendida pelo presidente Lula e pelo ministro Alexandre de Moraes no ato de ontem
O grupo Globo, que teve papel decisivo no golpe de estado de 2016, cobrou nesta terça-feira, em editorial, a regulação das redes sociais, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes defenderem o tema no ato Democracia Inabalada, ocorrido ontem em Brasília. "Passou da hora de deputados e senadores deixarem de ser reféns das fabulações espalhadas pelas grandes plataformas digitais. A falta de regras transformou as redes sociais e os aplicativos de comunicação em centros de disseminação de desinformação. Repetidas vezes, as empresas de tecnologia falharam. Quando vídeos, áudios ou memes fraudulentos são removidos, milhões já os viram, e o estrago já está feito", escreve o editorialista do jornal O Globo.
"A proposta de lei sobre o tema — o Projeto de Lei de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, ou PL das Fake News — já foi amplamente debatida. A versão amadurecida estabelece um equilíbrio adequado entre a necessidade de respeito à privacidade e à liberdade de opinião e a atribuição de responsabilidade às plataformas pelo respeito às leis brasileiras (dever de cuidado). Com a aproximação das eleições municipais, não há a menor razão para ela continuar parada", acrescenta.
"Deputados e senadores não podem mais perder tempo. Quando o Congresso voltar do recesso, essa deve ser uma das prioridades. O prazo é exíguo, e o assunto, como mostra o 8 de Janeiro, da máxima importância", finaliza. A tendência é que o PL 2630, apresentado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) entre em votação, contando desta vez com o apoio de parlamentares da base aliada.
Fonte: Brasil 247
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