Estudo indica que a renda dos mais ricos do país quase dobrou entre 2017 e 2022, enquanto que os ganhos de 95% da população não avançaram mais do que 33%
A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu nesta quarta-feira (17) ao resultado de um estudo, elaborado pelo economista Sérgio Gobetti e publicado pelo Observatório de Política Fiscal do FGVA, que mostra o agravamento da desigualdade no Brasil entre 2017 e 2022, período posterior ao golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Os 0,01% mais ricos da população quase dobraram sua renda no período. Enquanto isso, os ganhos de 95% da população não avançaram mais do que 33% - pouca coisa acima da inflação do período (31%).
Em postagem no X, antigo Twitter, Gleisi condenou a desigualdade "insuportável" e o que chamou de "voracidade descarada" da elite brasileira sobre as riquezas do país. Ela ainda cobrou que a reforma tributária avance sobre "distorções" do sistema de impostos. "A concentração de renda no Brasil, que sempre foi indecente, ultrapassou o insuportável nos governos do golpe e de Bolsonaro. 15 mil pessoas, 0,01% da população, tiveram a renda dobrada entre 2017 e 2022, segundo estudo do economista Sergio Gobetti divulgado pela FGV. Isso é 3 vezes mais que a recomposição da renda de 95% da população, praticamente a inflação do período. Não há sociedade que se sustente com tamanha disparidade. Não há como falar em justiça e democracia quando a elite se apropria da riqueza do país com voracidade descarada. O estudo aponta que na raiz da injustiça está um sistema tributário que isenta os super ricos de impostos sobre a distribuição dos lucros e dividendos de suas empresas. A reforma tributária precisa avançar urgentemente sobre essa distorção, que praticamente só existe no Brasil. E também para tirar dos trabalhadores e dos mais pobres o peso maior dos impostos. A redução da desigualdade é um compromisso do PT e o Brasil estava nesse caminho quando veio o golpe, com sua política econômica neoliberal, aprofundada criminosamente por Paulo Guedes e Bolsonaro", escreveu.
Fonte: Brasil 247
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