segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Flávio Bolsonaro diz que estava em "ilha distante" durante buscas da PF contra Carlos Bolsonaro

 O 'passeio' de barco da família Bolsonaro durante buscas e apreensões da PF levanta suspeitas de que provas possam ter sido destruídas em alto mar

Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi o primeiro da família a se pronunciar sobre a operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (29) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ele é investigado no âmbito de uma apuração sobre um suposto esquema de espionagem ilegal que funcionava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

A Bela Megale, do jornal O Globo, Flávio Bolsonaro confirmou que ele, seus irmãos e seu pai - que passam férias em Angra dos Reis (RJ), em casa que também foi vasculhada pela PF - estavam em um 'passeio' de barco durante a ação policial. Advogados ouvidos pela reportagem do Brasil 247 levantaram a hipótese de destruição de provas e de equipamentos eletrônicos, que podem ter sido lançados ao mar. Salgada, a água do mar possui uma condutibilidade elétrica maior e pode destruir facilmente um circuito elétrico de um equipamento eletrônico. 

O senador afirmou que ele e sua família deixaram a casa antes da chegada dos agentes da PF, por volta de 5h30, e disse que "estava fazendo uma pescaria legal", enquanto "a PF está fazendo uma pescaria ilegal, que não é permitida pela nossa Constituição e nem pela nossa legislação". "A gente saiu para pescar cedo, às 5h30. Fomos para uma ilha distante para fazer um mergulho, eu estava dentro da água quando meu pai me chamou e disse: 'sai, que está tendo busca e apreensão na casa do Carlos'. Foi só o tempo da gente arrumar as coisas e voltar. Só que meu pai voltou pra casa e eu vim direto para o local onde tínhamos um almoço".

Por outro lado, a PF tem informações de que o clã Bolsonaro deixou a residência mais tarde, por volta das 6h30, em dois jet skis e uma lancha. Ele teriam retornado três horas depois.

O senador ainda criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou as buscas e apreensões. "É uma operação cinematográfica para fazer a busca e apreensão de um aparelho telefônico. Até helicóptero pousou aqui na vila. Teve uma aglomeração na frente da casa do meu pai para apoiá-lo. É isso que o Alexandre (de Moraes) está arrumando". Ainda segundo Flávio, o aparelho celular de seu pai não foi apreendido. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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