Dois fazendeiros foram presos em ação que resultou na morte de uma indígena e ferimentos em outras duas pessoas, em conflito por disputa de terra
Dois fazendeiros foram presos no sudoeste da Bahia, suspeitos de atirar fatalmente em uma indígena da etnia Pataxó e ferir um cacique, desencadeando um conflito durante uma tentativa de retomada de uma fazenda. A Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, deslocou-se para a região para acompanhar os desdobramentos, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.
No domingo (21) , a região de Potiraguá testemunhou a tragédia que resultou na morte de Maria de Fátima Muniz de Andrade, indígena Pataxó, e no ferimento do cacique Nailton Muniz Pataxó, durante confrontos relacionados à posse de terras. A ação ocorreu durante uma tentativa de retomada da Fazenda Inhuma, cenário frequente de conflitos fundiários.
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, equipes especializadas das Polícias Militar e Civil foram mobilizadas para conter possíveis novos conflitos entre indígenas e ruralistas. O Ministério dos Povos Indígenas também enviou representantes para acompanhar a situação de perto.
Os fazendeiros envolvidos foram autuados em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio, mas seus nomes não foram divulgados pela Polícia Civil. Quatro armas de fogo e munições foram apreendidas durante a prisão, sendo encaminhadas para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
O conflito foi desencadeado durante uma ação do grupo "Movimento Invasão Zero", que há anos protagoniza conflitos fundiários na região. Aproximadamente 200 ruralistas responderam a um chamado via WhatsApp para recuperar a posse da Fazenda Inhuma, ocupada por indígenas no dia anterior.
A Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, está em Potiraguá desde segunda-feira, 22 de janeiro, coordenando esforços com órgãos como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria Estadual da Segurança Pública para prevenir novos conflitos.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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